sábado, 21 de agosto de 2010

palavra soltas



Rostos me consomem,
O silêncio não tem cor,
E a felicidade não é colorida.
O que tem cor mesmo são os rostos
rostos que me consomem.
Viver por viver não é viver
é para sobreviver,
viver acima de tudo
sem o nada...
Ancoro-me agora
naquelas palavras que foram ditas nas entrelinhas
palavras as quais não foram pronunciadas,
invalido-me a partir de um pensamento negativo...


[meios de substencia para felicidade já não existem mais]

palavras



As palavras custam-me. Empastam-se, enrolam-se nos dedos. Não digo que se
prendem na boca. Nunca tentei dizê-las. Param no caminho entre a mente e as mãos
que escrevem. O pensamento é demasiado complexo. Existe um poema incompleto que
não se sabe dizer. De contradição em contradição procuro a unidade. A impossível
unidade. E as palavras doem-me, fogem para alguma parte de mim que não alcanço.
Estranhas como sons vazios de sentido. Falas de alguma personagem que inventei
mas não conheço.


Ignorância


Conseguir ignorar pessoas e muitos dos seus atos é realmente um desafio. Nessecito aprender e compreender o Ignorar, o ato da ignorâcia não combina comigo. Fingir que nada aconteceu quando as coisas já estão acontecendo é frustrante e demasiadamente... digamos insano. Essas caracteristicas, diga-se de passagem, não são minhas.

Granjear a ingnorâcia é de fato incapacidade de ser ou mostrar quem realmente somos. Aprendo agora a ignorância com as pessoas que me rodeiam. - ignorantes e desleais para com os outros - A mágoa é o guardo agora, ela descansa em um sono profundo e acredito que a qualquer momento ela pode acordar e abrir mais a ferida, o relambrar traz apenas o terror de que ela está viva dentro de mim e pode realmente despertar. Consumir a ignorância demanda um esforço imenso e uma solidão indecifrável, e é o momento que vivo agora!