sábado, 21 de agosto de 2010

palavras



As palavras custam-me. Empastam-se, enrolam-se nos dedos. Não digo que se
prendem na boca. Nunca tentei dizê-las. Param no caminho entre a mente e as mãos
que escrevem. O pensamento é demasiado complexo. Existe um poema incompleto que
não se sabe dizer. De contradição em contradição procuro a unidade. A impossível
unidade. E as palavras doem-me, fogem para alguma parte de mim que não alcanço.
Estranhas como sons vazios de sentido. Falas de alguma personagem que inventei
mas não conheço.


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