segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ponto de partida


muito pouco pra dizer
nada pra guardar
hoje é só um outro começo
outras ondas de outro mar
vão rodar o mundo
e pra onde vão eu conheço
não é bom, nem é ruim
nada pra fazer
a mesma vida olhando pra mim
o mesmo rosto dizendo que não
flores da mesma estação

quem eu não sou, onde eu não vou

qdo eu não estou
se eu tivesse outros olhos pra ver
só mais uma vez, uma chance,
um novo começo ser quem eu não sou

muita coisa pra querer

nada pra gostar
esses dias eu não esqueço
nem preciso adivinhar
como vão as coisas
nada vai sair do lugar
não é bom, nem é tão mal
nada pra sorrir
nada vai sair no jornal
a mesma história
o mesmo clichê
tudo de novo pra q

quem eu não sou, onde eu não vou

qdo eu não estou
se eu tivesse outros olhos pra ver
só mais uma vez, uma chance,
um novo começo ser quem eu não sou

o que há lá fora?

além de todo o tempo que não pára de chegar
deixar o sol entrar pela janela e ver outra pessoa

quem eu não sou, onde eu não vou

qdo eu não estou
se eu tivesse outros olhos pra ver
só mais uma vez, uma chance,
um novo começo ser quem eu não sou


Marjorie Estiano

pequeno imprevisto


Eu quis querer o que o vento não leva
Pra que o vento só levasse que eu não quero

Eu quis amar o que o tempo não muda
Pra que quem eu amo não mudasse nunca.

Eu quis prever o futuro Consertar o passado Calculando os riscos bem devagar
Ponderado
.
Perfeitamente equilibrado Até que um dia qualquer Eu vi que alguma coisa mudara
Trocaram os nomes das ruas

E as pessoas tinham outras caras
No céu havia nove luas

E nunca mais encontrei minha casa
No céu havia nove luas
E nunca mais encontrei minha casa.


Herbert Vianna

domingo, 16 de janeiro de 2011

Solidão...


Tô precisando de mim mesma. Nessecito de pessoas, muita gente mesmo ao meu lado. Queria conquistar, gostaria que os outros me vissem como quero ser, como quero que me vejam...
Sobrevivo de elogios, todavia eles estão cada vez menos frequentes em meu viver. Me sinto fraca, sem brilho. Nada me atinge, nada me toca...
Sou gélida para me mostrar forte; Sorrio para me mostrar simpática e acabo me tornando obscura, talvez até amarga... Mas não sou, não sou assim!
Nem sei mais quem sou ou como sou. Definitivamente estou desesperadmente insegura.