domingo, 10 de julho de 2011

Clarck



Clarck


De ti meu belo terei saudades...

Saudade forte, que dói no peito e enfraquece a alma.

Saudades por ti será quase tocável.

Tu foi o cão doce, fácil, dócil, inoscente...

Nas noites brincamos, nas tardes sorrimos e pela manha acordava-me.

Tu foi meu, me amou como te amei e agora apenos choro pela falta que tu me faz por não está aki.

Agora alimento a minha dor por ter perdido um grande amigo, um grande amor!

Saudades eternas,

Meu Clarck, minha vida!


Saudades! Sim... Talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte. Que bem pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar, Mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar. Mais a saudade andasse presa a mim!

Florbela Espanca